Com o aumento das compras on-line no pós-pandemia, tornou-se mais importante do que nunca proporcionar aos usuários e clientes jornadas eficientes e agradáveis durante a interação com um site ou aplicativo. É aqui que entram áreas como UX e UI Design, que têm a função de criar e planejar as experiências geradas por um produto digital e que precisam estar sempre em consonância com as tendências do mercado.
Definição de UX e UI
O conceito de UX, que significa User Experience (Experiência do Usuário, em português), diz respeito à criação de melhores experiências para as pessoas que usam sites, aplicativos e outros produtos digitais. A ideia aqui vai além da aparência, mas abarca a jornada de forma completa, incluindo características como adaptabilidade, funcionalidade, tempo de resposta, até mesmo estímulos a emoções e sensações.
Já UI é a sigla para User Interface (Interface do Usuário, em português), e é o setor encarregado de criar todos os itens necessários para que alguém interaja com um produto digital. Para atingirem a eficiência, essas interfaces precisam ser claras, concisas, facilmente reconhecíveis e esteticamente consistentes, além de estarem preparadas para orientar o usuário caso ele realize alguma ação fora do previsto.
Basicamente, o UX Design planeja toda a jornada que um usuário terá ao interagir com um produto, enquanto o UI Design materializa as interfaces pelas quais ele passará para completar essa experiência. Os dois conceitos funcionam em conjunto, já que as interfaces são essenciais para que a experiência seja excepcional.
Tendências de UX e UI
As áreas de UX e UI ganharam muita atenção nos últimos tempos. Por isso, estão constantemente observando as expectativas e as necessidades dos usuários e a ascensão de novas possibilidades tecnológicas. Confira, a seguir, cinco tendências de UX e UI que podem ser aproveitadas em produtos digitais:
- Design emocional
A experiência emocional que o usuário tem ao interagir com um produto digital está ganhando cada vez mais importância. De acordo com Donald Norman, especialista no tema, o trabalho com emoções no desenvolvimento de um produto opera em três níveis: visceral, no qual os usuários se sentem atraídos por um produto por ele ser esteticamente agradável; comportamental, que diz respeito ao prazer que as pessoas terão ao completarem uma tarefa no site ou aplicativo; e reflexivo, que engloba as memórias, associações e concepções que o produto suscita ao ser utilizado. Todas essas camadas precisam estar interligadas para despertarem uma conexão emocional com a marca e/ou com o produto.
- Design imersivo
O design imersivo se refere ao uso de tecnologias como Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR) para proporcionar experiências completamente envolventes e realistas. Algumas possibilidades envolvem trabalhar com animações 3D, com efeitos sonoros, de movimento e de profundidade. Esses recursos podem ser usados em e-commerces de produtos domésticos, para mostrar como o item ficaria na casa do comprador, em lojas virtuais de roupas e acessórios, para que o usuário possa provar a peça virtualmente, e até mesmo nos setores de jogos e entretenimento.
- Acessibilidade
Quanto mais acessível um produto digital for, maior será sua base de usuários e consumidores. Portanto, a tendência é desenhar adaptações que proporcionem experiências equivalentes para todas as pessoas, independentemente de suas particularidades físicas ou intelectuais. As boas práticas de acessibilidade para UX e UI incluem seguir as diretrizes da Web Content Accessibility Guidelines (WCAG), a adoção da Linguagem Simples (que evita termos técnicos ou complexos), o cuidado com o uso de emojis, garantindo que eles sejam compatíveis com tecnologias assistivas, e a utilização de descrições textuais para elementos gráficos.
- Design de voz
Seguindo a popularidade de assistentes de voz como Alexa, Siri e Google Assistant, UX e UI devem introduzir comandos de voz em suas interfaces. As interações por voz precisam ser claras e objetivas, com sistemas capazes de gerar conversas fluidas, adaptativas e consistentes. Assim, é possível garantir experiências mais intuitivas e acessíveis, uma vez que a interação por voz costuma ser usada, por exemplo, por pessoas com deficiência visual. A expectativa é que os recursos de voz sejam utilizados não só em smartphones e lojas virtuais, mas também em sistemas de carros e de aparelhos domésticos.
- Inteligência artificial
A ascensão da Inteligência Artificial (IA) mudou a forma como as pessoas interagem com os produtos digitais. Com isso em vista, a IA em UX e UI pode ser usada para personalizar ainda mais a experiência, oferecendo informações e interfaces que variam de acordo com as necessidades e preferências de cada usuário. Essa tecnologia também pode proporcionar a criação de chatbots e assistentes virtuais que disponibilizem interações mais qualificadas.
Todas essas tendências funcionam como excelentes inspirações, mas é imprescindível que um produto digital seja concebido de modo que faça sentido e traga benefícios tangíveis para os clientes e usuários. Seguir os movimentos do mercado é muito importante, desde que o design não perca sua essência, que é, além de artifícios visuais, resolver problemas reais de pessoas reais.