Explorando as Potencialidades da IA Generativa na Revolução Digital

De acordo com uma pesquisa realizada pela Opinion Box e divulgada em julho de 2023, mais de 90% dos brasileiros acreditam saber o que é inteligência artificial. Ainda, o estudo traz estatísticas sobre o uso dessa tecnologia, envolvendo assistentes virtuais, ferramentas de pesquisa, geração de textos e de recomendações personalizadas. Segundo os números, 89% dos entrevistados já se valeram desses recursos em algum momento, e 36% deles o fazem diariamente. 

Os serviços mencionados pela pesquisa dizem respeito principalmente à GenAI (inteligência artificial generativa), ou seja, aquela capaz não só de identificar padrões já existentes, mas também de usá-los para produzir conteúdo novo. Essa tecnologia passou por uma grande popularização nos últimos meses, sendo incorporada a afazeres de âmbito profissional, acadêmico e pessoal.  

Esse movimento, que está redesenhando as formas de se interagir com a tecnologia, suscita inúmeros desafios. Portanto, tornou-se premente se questionar quais traços e habilidades são exclusivos dos seres humanos; até onde se pode usar a inteligência artificial para realizar o trabalho que seria feito por uma pessoa; e como trabalhar com ética e responsabilidade essa nova ferramenta tecnológica

Inteligência artificial generativa

Normalmente, o treinamento de uma IA consiste em alimentá-la com vastos conjuntos de dados, acompanhados de rótulos e explicações, e com uma grade de instruções. Dessa forma, o programa explora os padrões intrínsecos ao seu banco de dados, orientando-se pelas diretrizes recebidas. Com a repetição desse ciclo, a IA gradualmente consolida sua base de informações e expande suas capacidades operacionais.  

No caso de inteligências artificiais generativas, isso significa que elas devem conseguir assimilar padrões de linguagem e até mesmo nuances artísticas, produzindo conteúdos semelhantes aos concebidos pela criatividade humana, como códigos de programação, narrativas, peças de teatro, poesias, roteiros audiovisuais, imagens, vídeos, áudios e músicas. 

Inovações com inteligência artificial generativa 

Um exemplo proeminente do uso da inteligência artificial generativa para criações artísticas é a obra Unsupervised, atualmente exposta no MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), de autoria do artista Refik Anadol. A instalação consiste em uma tela de pouco mais de sete metros quadrados que exibe um fluxo de imagens animadas que mudam de acordo com as condições do ambiente. 

O quadro foi concebido a partir de um software alimentado com quase 400 mil imagens em alta resolução dos demais itens que compõem o acervo do MoMA. A ideia é que a tela combine a interpretação dessas obras com a do ambiente ao seu redor para gerar animações sem o auxílio de um operador humano

Essa instalação do MoMA mostra que a inteligência artificial pode funcionar como um complemento para a criatividade humana, expandindo suas fronteiras. A tendência é que ela se torne uma ferramenta inerente à criação artística, em um movimento semelhante ao que ocorreu na pintura com o surgimento da fotografia e na fotografia com o surgimento dos softwares de edição de imagens digitais. 

Além das aplicações criativas, a inteligência artificial vem sendo empregada para aprimorar os assistentes virtuais, já muito populares no Brasil. Um caso de sucesso é a LuzIA, que alcançou mais de 2 milhões de usuários menos de um mês depois de ser lançada em território brasileiro.  

O bot, que funciona no WhatsApp e no Telegram, faz a intermediação entre os comandos que recebe dos usuários e outras plataformas, como o ChatGPT, podendo gerar textos, imagens e transcrever áudios. Segundo dados de agosto, a ferramenta já tinha recebido quase 50 mil comandos, incluindo mais de 200 mil transcrições de áudio e 700 mil gerações de imagens.

A inteligência artificial também pode ser útil em setores que utilizam a tecnologia de forma mais abrangente. Um caso interessante é sua implementação para otimizar a geração de energia renovável, especialmente solar e eólica. No Brasil, a empresa Casa dos Ventos se destaca ao utilizar um modelo de IA para identificar padrões e prever a geração de energia eólica em suas instalações. Essa prática ajuda a controlar desperdícios e reduzir o impacto ambiental

Humanidade, responsabilidade e possibilidades

Apesar de todas essas inovações, e por mais que as máquinas sejam capazes de processar dados com uma velocidade e uma precisão muito maiores do que um cérebro humano, elas não possuem intenção própria. A transformação de experiências, lembranças e motivações em impulsos, improvisos, habilidades e conhecimentos ainda é um monopólio humano.  

As inteligências artificiais podem ser usadas para realizar tarefas repetitivas e que exigem o processamento de um grande número de informações em pouco tempo, tendo inúmeras aplicações em diversas áreas do saber. Assim, liberam os seres humanos para se concentrarem em atividades estratégicas e exclusivas à sua natureza, que envolvam competências como autogestão, empatia e escuta ativa

Portanto, essa tecnologia se mostra uma ferramenta com potencial de ampliar capacidades, mas não substituir o ímpeto criativo. A colaboração entre humanos e máquinas resulta em uma sinergia única, na qual as máquinas podem oferecer possibilidades que talvez nunca seriam imaginadas, enquanto os humanos trazem a intuição e o discernimento que impulsionam a inovação. 

Contudo, é preciso definir limites e diretrizes para garantir que a inteligência artificial seja usada para o benefício da sociedade, sendo o equilíbrio entre tecnologia e valores humanos essencial para moldar um futuro harmonioso. No que diz respeito à IA, a ética envolve desenvolver e trabalhar com modelos que observem a justiça, a responsabilidade social, os direitos e a privacidade das pessoas

O primeiro passo para conceber uma IA sem vieses é garantir a qualidade dos dados que são inseridos para seu treinamento. Essa auditoria se torna especialmente desafiadora quando se opera com bases de dados imensamente grandes, dificultando, e até impossibilitando, uma análise para eliminar propriedade intelectual, informações sigilosas, estereótipos, preconceitos e conteúdo impróprio. 

Além disso, é necessário estudar a atribuição de responsabilizações quando uma inteligência artificial realiza ações prejudiciais, como espalhar notícias falsas e influenciar opiniões. Esse ponto levanta uma série de dilemas, porque cada tarefa cumprida por programas desse tipo conta com múltiplas camadas de causalidade, resultando das diretrizes seguidas por empresas do setor da tecnologia, do trabalho de desenvolvedores de softwares e até das interações com os usuários. 

Por fim, há também questões sobre os impactos da inteligência artificial generativa no mercado profissional. Por um lado, essa tecnologia tem sido empregada para realizar atividades que antes eram feitas apenas por humanos. Por outro, pode gerar novas funções, algumas precarizadas, como é o caso dos trabalhadores que alimentam os bancos de dados de grandes programas de inteligência artificial. 

Olhando para o futuro, é provável que a inteligência artificial generativa se integre ao cotidiano, revolucionando as definições de interações tecnológicas, criatividade, arte, sucesso profissional e ética. A inteligência artificial é um reflexo da capacidade humana de criar e inovar. Logo, deve ser usada como uma ferramenta para reimaginar o mundo, ampliando horizontes e trazendo novas responsabilidades.  

Este texto foi produzido com o auxílio de ferramentas de IA Generativa.

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